1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE INHUMAS
CURSO DE PEDAGOGIA
ANA CAROLINA FERNANDES
ANDREIA FEITOSA CARRILHO
FRANCIELLY BARBOSA DE ARAÚJO
SILVIA REGINA R. DE OLIVEIRA RIBEIRO
STEFANE MICHELE ALMEIDA DE OLIVEIRA
CHUÁ, CHUÁ, DO MEU CORPINHO EU VOU CUIDAR
Inhumas, 2012
2. ANA CAROLINA FERNANDES
ANDREIA FEITOSA CARRILHO
FRANCIELLY BARBOSA DE ARAÚJO
SILVIA REGINA R. DE OLIVEIRA RIBEIRO
STEFANE MICHELE ALMEIDA DE OLIVEIRA
CHUÁ, CHUÁ, DO MEU CORPINHO EU VOU CUIDAR
Trabalho apresentado à professora
Lindalva Pessoni Santos da disciplina de
Estágio em Docência na Educação
Infantil I, do 5º período, 3º ano da matriz
curricular unificada do Curso de
Pedagogia, da Universidade Estadual de
Goiás, Unidade Universitária de
Inhumas.
3. TEMA: Educação Infantil : A criança como sujeito de direitos
1. TITULO: Chuá, Chuá do meu corpinho vou cuidar
3. APRESENTAÇÃO
A realização deste trabalho foi motivada a partir do momento que
compreendemos que toda a criança é um sujeito de direitos e dentre estes o que nos
chamou a atenção foi o direito à higiene e á saúde, levando em consideração que a
aquisição e a garantia desse direito têm que ter seu início garantido desde a infância.
Deste modo, na atual perspectiva que considera a indissociabilidade entre o cuidar e o
educar na educação infantil, buscaremos neste projeto desenvolver ações pedagógicas
que contemplem de forma lúdica esse direito. As experiências de fazer junto com a
criança os procedimentos como lavar as mãos, escovar os dentes, por exemplo, podem
ter significado importante em sua formação e aprendizagem. Bem como associar essas
questões a perspectiva de se ter uma alimentação saudável. Segundo Lopes e Rosa
(2008, p. 59)
o pedagógico também compreende todas as ações que estão ligadas à questão
do cuidado ( limpar, lavar, trocar, alimentar, dormir, etc) e à forma como
essas ações estão sendo realizadas. Sendo assim, pode-se dizer que o
pedagógico está relacionado tanto ao cuidado como à educação.
Em se tratando de associar a prática de cuidar e educar para a higiene e a
conscientização de uma boa alimentação há de se buscar uma linguagem de modo que
as orientações para as crianças sejam coerentes e acessíveis a todas. A escolha deste
tema é relevante por se tratar de questões que devem ser abordadas e trabalhadas desde
a mais tenra idade visando o crescimento e desenvolvimento da criança, principalmente
com crianças das classes menos favorecidas socialmente. Segundo Tristão (2006, 46)
Com as crianças pobres o papel das instituições de educação torna-se
obrigatoriamente mais complexo. Nas classes mais favorecidas, há uma
estrutura nas casas que faz com as creches e pré-escolas não tenham que se
preocupar tanto com questões relacionadas, por exemplo, com a higiene
corporal das crianças. Mas nas classes é diferente, nem sempre há água em
casa para se lavar, nem sempre se conhece que higiene é determinante da
saúde. Assim, é importante que as crianças das classes populares possam
tomar banho nas instituições de educação infantil, é importante que tenham
um adulto para olhar se estão com piolho. São posturas que não devem ser
vistas como medidas de assistência, mas entendidas como parte da promoção
da saúde. Lidamos com crianças inteiras, com corpo, mente e uma história de
vida – assim não podemos conceber que a educação infantil seja responsável
apenas por um fragmento dessa criança.
4. Conclui-se então, que cabe ao educador incentivar práticas de autocuidado
para a higiene corporal, como: a utilização adequada de sanitários, lavagem das mãos
antes de qualquer refeição, limpeza de cabelos e unhas, higiene bucal, uso de
vestimentas e calçados apropriados e banho diário.
4. JUSTIFICATIVA
A educação voltada para a criança de 0 a 5 anos, denominada hoje como
Educação Infantil, é resultado de um longo trabalho, e de várias lutas de educadores,
que ao longo desses anos vem tentando traçar o perfil de uma educação mais justa e
igualitária.
A Educação infantil sofreu grandes transformações nos últimos tempos. O
processo de aquisição de uma nova identidade para as instituições que trabalham com
crianças foi longo e difícil. Durante esse processo surge uma nova concepção de
criança. Se por séculos a criança era vista como um ser quase invisível, hoje ela é
considerada em todas as suas especificidades, com identidade própria.
Essas mudanças originaram-se de novas exigências sociais e econômicas,
conferindo à criança como um sujeito de direito. esta passou a ser valorizada. Sendo
assim, a Educação Infantil deve avaliar uma proposta pedagógica que alia o cuidar e o
educar, buscando atender a criança de forma integral, onde suas especificidades
(psicológica, emocional, cognitiva, física, etc...) devem ser respeitadas.
Segundo Áries ( 1978, p.99) ―o sentimento de infância não significa o
mesmo que afeição pelas crianças, corresponde à consciência da particularidade infantil,
essa particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto, mesmo jovem.‖
Nessa perspectiva o sentimento de infância é algo que lança um novo olhar
sobre a criança, a sua essência enquanto ser, o seu modo de agir e pensar, que se
diferencia da do adulto.
Assim, a concepção da criança como um ser particular, com características
bem diferentes das dos adultos, e contemporaneamente como portador de direitos, é que
vem gerando as maiores mudanças na Educação Infantil, tornando o atendimento às
crianças de 0 a 5 anos ainda mais específico, exigindo do educador uma postura
5. consciente de como deve ser realizado o trabalho com as crianças pequenas, quais as
suas necessidades enquanto criança e enquanto cidadã.
Em 1998, é criado RCNEI (Referencial Curricular Nacional para Educação
Infantil), um documento que procura nortear o trabalho realizado com crianças de 0 à 6
anos de idade. Ele representa um avanço na busca de se estruturar melhor o papel da
Educação Infantil, trazendo uma proposta que integra o cuidar e o educar, o que é hoje
um dos maiores desafios da Educação Infantil. É preciso afirmar que as propostas
trazidas pelo RCN só podem se concretizar na medida em que todos os envolvidos no
processo busquem a efetiva implantação das novas propostas, se não ele vai se tornar
apenas um conjunto de normas que não saem do papel.
Maria Marta Campos e Fulvia Rosemberg ( apud RECH, p.70, 2006)
definem, em documento, os criterios para o atendimento a criança em creche; direitos
estes que dão uma visão ampla do novo status da criança na sociedade atual.
Nossas crianças têm o direito á brincadeira;
Nossas crianças têm o direito à atenção individual;
Nossas crianças têm o direito á um ambiente
aconchegante, seguro e estimulante;
Nossas crianças têm direito à higiene e a saúde;
Nossas crianças têm o direito ao contato com a natureza;
Nossas crianças têm o direito a desenvolver a sua curiosidade,
imaginação e capacidade de expressão;
Nossas crianças têm o direito ao movimento em espaços
amplos;
Nossas crianças têm o direito à proteção, ao afeto e à amizade;
Nossas crianças têm o direito a expressar sentimentos;
Nossas crianças têm o direito a uma especial atenção durante
seu período de adaptação na creche;
Nossas crianças têm o direito a desenvolver sua identidade
cultural, racial e religiosa.
O profissional da educação tem um grande desafio em seu trabalho diario:
promover em sua prática a integração de todos estes direitos. Dessa forma se faz até
desnecessário dizer que o direito á higiene e à saúde é um dos direitos dentro de um
universo muito mais amplo e que proporcionará a cidadania plena à criança só se vier
acompanhado por todos os outros direitos elencados acima.
As crianças que recebem uma boa orientação sobre a importância da higiene
e de outros hábitos saudáveis têm mais chances de se tornarem socialmente
independentes e capazes de organizar, estruturar e pensar de maneira autônoma.
Nesse sentido Os Parametros Curriculares Nacionais: Meio Ambiente e
Saúde ( p.98,2001) destaca que:
6. Não é pressuposto da educação para a Saúde a existência de
um professor ―especialista‖; o que pretende é um trabalho
pedagógico cujo o enfoque principal esteja na saúde. Por isso ,
o desenvolvimento dos conceitos deve ter como finalidade
subsidiar a construção de valores e a compreensão das práticas
favoráveis ao crescimento e ao desenvolvimento.
As noções referentes aos cuidados de higiene e saúde devem ser trabalhadas
de forma lúdica, interdisciplinar e contextualizadas dentro do currículo da educação
infantil, a fim de educar e possibilitar a concretização de uma saúde de qualidade,
porque o conhecimento do corpo humano é essencial desde a primeira infância.
5. OBJETIVOS:
5.1. Objetivo geral:
Integrar as açoes de cuidar e educar favorecendo experiências significativas e
um contexto educativo humanizante na educação infantil
5.2. Objetivos especificos:
Refletir sobre as suas ações diárias em relação a sua saúde, o que engloba
cuidado com a higiene;
Valorizar atitudes relacionadas à saúde e ao bem estar individual e coletivo;
Incentivar bons hábitos de higiene e alimentação ;
Adotar hábitos de higiene, autocuidado e alimentação saudável, respeitando as
possibilidades e limites do próprio corpo;
Adquirir noções sobre a higiene em nossa vida, conhecendo a importância e a
necessidade de se ter uma boa higiene.
6. AREAS DE EXPERIÊNCIA-ATIVIDADES – SITUAÇÕES SIGNIFICATIVAS
Estas questões serão definidas no Estágio II de acordo com os planejamentos
para cada campo de estágio: creche e pré-escola.
7. RECURSOS
Os recursos utilizados neste projeto serão:
Creme dental;
Escovas de dente;
7. Fio dental;
Papel chamex;
Cartolina;
Cds e Dvds;
Jornais e revistas;
Aparelhos de som e TV;
Maquina fotográfica;
Frutas variadas;
Papel cartão;
Tinta guache ;
Garrafa Pet;
Rolo de papel higiênico;
Tesoura;
Cola;
8. CRONOGRAMA
Elaboração e Desenvolvimento do Desenvolvimento do
Sistematização do projeto na creche projeto na pré-escola
projeto
Junho x
Agosto x X x
Setembro X x
Outubro X x
9. AVALIAÇÃO
A avaliação deste projeto será realizada com base ora nas observações, ora
nas diretrizes de avaliação feitas pela creche e pré- escola. Assim, essa avaliação será
continua observando passo a passo o avanço e o envolvimento das crianças nas
metodologias propostas. Enfim, propor atividades que seja possivel ampliar seu
8. universo cultural, assim , avaliando o interesse e o envolvimento de cada criança. Uma
vez que, cabe ao educador ter um olhar atento em todo o processo que envolve a
criança.
10. REFERÊNCIAS:
ARIES, Philippe. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro. LTC,1978.
Parâmetros curriculares nacionais: meio ambiente: saúde/ Ministério da Educação.
Secretaria da Educação Fundamental. 3.ed Brasília: A Secretaria,2001.
RECH, Ilona Patrícia Freire. A Hora da atividade. In: MARTINS FILHO, Altino José.
Infância Plural: crianças do nosso tempo. Porto Alegre, RS: Mediação. 2006, p. 59 –
84.
Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do
Desporto, Secretária de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF,1998. Vol.1.
ROSA, Cristina Dias e LOPES, Elisandra Silva. Aventura de viver, conviver e
aprender com as crianças.In: OSTETTO, Luciana Esmeralda (org.) Educação Infantil:
saberes e fazeres da formação de professores. Campinas, SP: Papirus,2008, p. 49-68.
TRISTÃO, Fernanda Carolina Dias. A sutil complexidade das práticas pedagógicas com
bebês.In: MARTINS FILHO, Altino José el AL. Infância plural: crianças do nosso
tempo. Porto Alegre: Mediação, 2006.